A Associação Guarujá Viva – Água Viva, entidade que atua em defesa do meio ambiente e da justiça socioambiental na Baixada Santista, manifesta total apoio à ação da Associação Litorânea da Pesca Extrativista Classista do Estado de São Paulo (ALPESC), que apresentou representação em nome dos pescadores e pescadoras artesanais da região contra a instalação do Terminal Portuário Logístico (TPL) na Ilha de Bagre, em Santos/SP.
A representação da ALPESC, protocolada junto ao Ministério Público Federal (processo nº 20250025962) e encaminhada também ao IBAMA, denuncia os graves impactos ambientais e sociais que a instalação do empreendimento poderá causar ao estuário e à atividade pesqueira tradicional. A ação foi ainda enviada ao Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) do Ministério Público do Estado de São Paulo.
A Água Viva destaca a legitimidade da mobilização dos pescadores e pescadoras, povos e comunidades tradicionais que há gerações dependem da pesca artesanal para sua subsistência e que veem, na possível implantação do TPL, uma ameaça direta à biodiversidade, aos territórios pesqueiros e ao sustento de inúmeras famílias da Baixada Santista.
“A defesa do meio ambiente e dos modos de vida tradicionais é um compromisso inegociável. Não podemos admitir que mais uma área de mangue e de importância vital para o equilíbrio ecológico da região seja sacrificada em nome de um modelo de desenvolvimento que exclui os que mais dependem da natureza”, afirma José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Água Viva.
A entidade reafirma seu compromisso com a promoção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e solidário, que respeite os direitos dos povos tradicionais, a legislação ambiental vigente e a integridade dos ecossistemas locais.