AguaViva aciona MP sobre vazamento de líquido suspeito conjunto habitacional em Guarujá

Moradores não sabem ainda do que se trata e temem pela segurança no local

A Associação Guarujá Viva (AguaViva) acionou o Ministério Público de São Paulo, na última sexta-feira, depois de uma visita ao Conjunto Habitacional Wilson Sório, localizado no bairro Santo Antônio, em Guarujá. Além de vários problemas estruturais, os moradores estão muito preocupados. Ao lado do prédio 33A, há um vazamento contendo um líquido suspeito com aparência, cor e cheiro de óleo combustível. Os prédios ficam ao lado da garagem dos ônibus da empresa City Transporte e de uma obra no Rio Santo Amaro.

No dia 12 de abril e, posteriormente, em 17/04/2024, equipes da Cetesb estiveram no local para realizar uma investigação preliminar, durante a qual foi constatada a presença desse líquido suspeito. A Cetesb isolou a área ao redor:

“É importante ressaltar que, apesar das medidas iniciais tomadas pela Cetesb, apenas isolando um pequeno trecho de cerca de um metro quadrado, os moradores não foram informados sobre a natureza da substância detectada, nem sobre os possíveis riscos associados a ela. Esta falta de transparência tem gerado grande insegurança entre quem reside ali, especialmente devido à localização do vazamento, entre o reservatório de água e a entrada de gás de cozinha dos apartamentos. Considerando os riscos potenciais de contaminação, solicitamos ao Ministério Público as providências que julgar cabíveis para garantir a proteção e a segurança dos moradores desta área”, disse José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da AguaViva, que esteve no conjunto do dia 18 deste mês.

Outro pedido de providências

Nos últimos meses, os moradores têm denunciado e relatado suas preocupações em relação à segurança das residências em razão de rachaduras e danos estruturais que têm surgido nos prédios. Esses problemas coincidem com o início das obras de construção de um canal na Avenida das Acácias, realizadas em um terreno próximo, como parte de um projeto da Prefeitura da Cidade para evitar alagamentos na região.

Diante disso, além do Ministério Público, a AguaViva encaminhou ofícios às Secretarias de Obras e de Habitação de Guarujá, à Defensoria Pública e ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), solicitando providências urgentes. O MP respondeu à AguaViva que o ofício enviado foi juntado ao procedimento PAA 0278.0000959/2023 – Acompanhamento do TAC celebrado para execução e implantação do projeto de macrodrenagem do Município de Guarujá, financiado por meio de recurso do FEHIDRO-Fundo Estadual de Recursos Hídricos.

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