A situação da acessibilidade na Praia do Tombo segue sem solução. Após a remoção da antiga passarela de acesso, até o momento nenhuma medida foi adotada pela Prefeitura para garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência, idosos e demais usuários da praia.
Diante da omissão do Poder Público, a Associação Guarujá Viva – ÁGUA VIVA protocolou novos ofícios, desta vez direcionados ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Segurança Climática (SEMAM), cobrando uma solução urgente e definitiva para o problema.
O caso já é acompanhado pelo Ministério Público, por meio da Notícia de Fato nº 0278.0000219/2025, instaurada a partir de representação formal da própria associação. Mesmo assim, a situação permanece sem qualquer resposta efetiva da Prefeitura.
Além da falta de acessibilidade, a ausência da passarela impacta diretamente as condições de segurança dos banhistas e ameaça os critérios necessários para manutenção da certificação internacional Bandeira Azul da Praia do Tombo, que exige, entre outros pontos, estruturas que garantam acessibilidade universal.
A Água Viva também reforçou nos documentos encaminhados que há, inclusive, recomendações do próprio Corpo de Bombeiros, para que a rampa, quando for instalada, não fique posicionada em frente ao posto dos bombeiros, pois isso compromete a visibilidade operacional. A sugestão técnica é que ela seja instalada mais à direita, na região onde estão os chuveiros, melhorando a segurança e a funcionalidade do acesso.
“Não estamos falando apenas de uma rampa, mas de garantir o direito de acesso, inclusão e respeito a todas as pessoas, principalmente às crianças assistidas pelo Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral de Guarujá, que continuam sem poder utilizar a praia de forma segura e digna”, destaca José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Associação Guarujá Viva.
A Água Viva seguirá acompanhando e cobrando providências, tanto na esfera administrativa quanto no Ministério Público, até que o problema seja efetivamente resolvido.