Críticas à SABESP e Conselhos inativos: Água Viva pede mais transparência e ação da Prefeitura

A Associação Guarujá Viva – Água Viva vem a público reafirmar sua posição pelo rompimento imediato do contrato entre o Município de Guarujá e a SABESP, diante das reiteradas falhas na prestação de serviços de saneamento básico, que colocam em risco a saúde pública, a balneabilidade de nossas praias e a dignidade da população.

Escândalo do Acapulco expõe descaso

O episódio do vazamento de esgoto no Jardim Acapulco, denunciado pelo jornal A Tribuna, escancarou aquilo que há anos é ignorado pelas autoridades: a própria SABESP admite não ter responsabilidade sobre parte da rede de esgoto dentro do bairro, criando uma “terra de ninguém” sanitária, onde nem os moradores têm resposta, nem o poder público fiscaliza. Resultado: esgoto a céu aberto, mau cheiro insuportável e impacto direto sobre moradores, visitantes e comerciantes.

Respostas evasivas e falta de transparência

Em ofícios enviados ao Ministério Público e à Diretoria Regional da SABESP – Baixada Santista, a Água Viva cobra informações detalhadas sobre o ocorrido: medidas emergenciais, diagnóstico técnico, reparo definitivo, mitigação de danos ambientais e comunicação com os moradores. Até o momento, a resposta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) tem sido evasiva, marcada por falta de clareza e omissão de dados cruciais — o que reforça a urgência de uma postura mais firme do governo municipal.

Conselhos existem só no papel

Enquanto isso, a Prefeitura insiste em defender a criação de conselhos e fóruns para discutir o tema. Mas que Conselhos? Os órgãos colegiados, como os Conselhos de Meio Ambiente e Saneamento, seguem inoperantes por falta de estrutura, nomeação de membros e condições reais de trabalho. São espaços fundamentais para o controle social, mas permanecem engavetados, enquanto a crise sanitária explode em nossos manguezais, praias e bairros.

Romper para recomeçar

Diante de tantas omissões, a Associação Água Viva defende, sem meias palavras, o fim do contrato com a SABESP, como instrumento legal para abrir caminho a uma gestão do saneamento que seja transparente, técnica, participativa e comprometida com a saúde e o meio ambiente. Se a SABESP não cuida nem do esgoto do Acapulco, quem garante que está cuidando do restante da cidade?

Guarujá não pode mais ser refém de promessas vazias. Exigimos ação imediata, responsabilidade compartilhada e gestão pública de verdade.

Equipe Água Viva