Escolas da Baixada Santista enfrentam calor extremo e falta de ventilação adequada

A recente onda de calor extremo que atinge a Baixada Santista tem escancarado um problema crônico na infraestrutura das escolas públicas da região: a falta de ventilação adequada e de equipamentos para amenizar as altas temperaturas. Em diversas unidades de ensino, alunos e professores têm enfrentado salas de aula sem ventiladores funcionais, sem ar-condicionado e com bebedouros que oferecem apenas água quente, tornando o ambiente escolar insuportável.

De acordo com matéria publicada pelo Diário do Litoral, o problema se repete em diferentes cidades da Baixada, como Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande e Bertioga. Pais e alunos relatam que muitas salas estão superlotadas, sem qualquer ventilação eficiente, o que tem levado estudantes a passarem mal devido ao calor intenso.

No Guarujá, por exemplo, a Escola Estadual Dr. Roberto Amaury Galliera, no bairro Morrinhos, tem sido alvo de reclamações. Segundo pais de alunos, os ventiladores existentes nas salas estão quebrados, e a água disponível nos bebedouros não é suficiente para aliviar o desconforto. Situação semelhante ocorre em outras cidades da região, onde professores e alunos recorrem a soluções improvisadas, como trazer ventiladores de casa ou utilizar garrafas de água congeladas para tentar minimizar o calor.

Diante das denúncias, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que está implementando um programa de climatização nas escolas da Baixada Santista. Segundo a pasta, aproximadamente R$ 3 milhões já foram investidos na instalação de novos equipamentos, incluindo aparelhos de ar-condicionado e a modernização da infraestrutura elétrica para suportar as novas demandas. No entanto, para muitas escolas, essas medidas ainda não chegaram, deixando alunos e professores em uma situação crítica.

Enquanto as melhorias prometidas pelo governo estadual não são concluídas, a comunidade escolar se mobiliza para buscar soluções emergenciais. Em algumas unidades, pais e professores organizam arrecadações para comprar ventiladores, tentando oferecer um mínimo de conforto para os estudantes. A falta de estrutura adequada compromete não apenas o bem-estar dos alunos, mas também o aprendizado, já que o calor excessivo dificulta a concentração e o desempenho escolar.

A situação evidencia a necessidade urgente de investimentos contínuos na infraestrutura das escolas públicas, especialmente diante das mudanças climáticas que tornam episódios de calor extremo cada vez mais frequentes. Além de reformas estruturais, é fundamental que políticas públicas sejam adotadas para garantir condições dignas de ensino, assegurando que alunos e professores possam estudar e trabalhar em um ambiente adequado e seguro.

Fontes: Diário do Litporal de 06 de março de 2025.