Falta de transparência e respostas evasivas: Água Viva critica postura da SEMAM sobre pedido de suspensão contratual com a SABESP

Guarujá, 19 de fevereiro de 2025 – A Associação Guarujá Viva manifesta sua insatisfação diante da resposta evasiva emitida pela Secretaria de Meio Ambiente e Segurança Climática de Guarujá (SEMAM) sobre o pedido formal de rescisão contratual com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP).

No ofício encaminhado em 13 de janeiro de 2025, a Água Viva apresentou um conjunto detalhado de preocupações relacionadas às deficiências dos serviços de saneamento básico prestados pela SABESP no município. O documento listava problemas críticos, como:

  • Insuficiência de investimentos em infraestrutura: A não construção de um reservatório na Cava da Pedreira, aumentando a vulnerabilidade no abastecimento de água.
  • Intermitência no fornecimento de água: Regiões como o Distrito de Vicente de Carvalho sofrem com interrupções frequentes.
  • Deficiências no sistema de esgotamento sanitário: Relatos de vazamentos de esgoto e possível contaminação das praias.
  • Surto de doenças de veiculação hídrica: Um surto recente de gastroenterocolite levanta suspeitas de contaminação da água.
  • Impacto negativo no turismo e na economia: A precariedade dos serviços afeta a imagem da cidade e prejudica o comércio local.
  • Ausência de transparência e efetividade: Falta de soluções concretas por parte da SABESP para mitigar os problemas apontados.

Entretanto, a resposta da SEMAM, assinada pela Supervisora Erlane Soares, não abordou diretamente as questões levantadas. O documento apenas informa a existência de um Grupo de Trabalho instituído por decreto municipal para fiscalizar as atividades da SABESP, sem mencionar providências concretas sobre os problemas denunciados ou avaliar a solicitação de suspensão contratual. As respostas foram consideradas evasivas e genéricas, sem qualquer indicação de medidas práticas para solucionar os desafios enfrentados pela população.

Para José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Água Viva, a resposta não atende às expectativas da população e reforça a necessidade de maior transparência e efetividade nas ações da administração municipal.

“A resposta da Secretaria não dialoga com os questionamentos que apresentamos. Os problemas apontados são reais e afetam diretamente a vida dos moradores e a economia local. Esperamos uma postura mais objetiva e responsável do poder público, com ações concretas para solucionar as falhas nos serviços da SABESP”, afirmou.

Diante da falta de respostas efetivas, a Água Viva reafirma seu compromisso em buscar soluções para o problema e continuará pressionando as autoridades para garantir um serviço de saneamento adequado para a cidade. A associação também avalia outras medidas, incluindo novas mobilizações e encaminhamentos ao Ministério Público.

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