A Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, tem exibido uma crescente lucratividade nos últimos anos. Em 2022, alcançou um lucro líquido de R$ 3,12 bilhões. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 3,523 bilhões, representando um aumento de 12,9% em relação ao ano anterior. No terceiro trimestre de 2024, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 6,1 bilhões, um impressionante salto de 622,2% comparado ao mesmo período de 2023.
Apesar dessa performance financeira extraordinária, os serviços oferecidos pela Sabesp no Guarujá expõem uma realidade inaceitável. A cidade atravessa um surto de gastroenterocolite aguda, atingindo milhares de moradores e turistas.
Essa situação é intolerável. Enquanto a Sabesp acumula lucros bilionários explorando os consumidores, a saúde da população do Guarujá é negligenciada. As altas tarifas cobradas não se traduzem em serviços adequados, resultando em prejuízos à qualidade de vida e ao bem-estar coletivo.
Urge que a Prefeitura do Guarujá adote medidas drásticas. Entre as ações são imprescindíveis a aplicação de multas vultuosos e imediata rescisão do contrato com a Sabesp, coma a criação de uma empresa pública municipal de saneamento. Uma gestão local, centrada nos interesses da comunidade, é indispensável para garantir serviços de qualidade e salvaguardar a saúde dos moradores e visitantes. Ninguém cuida melhor de nós e de nossos filhos que nós mesmos.
Eng. José Manoel Ferreira Gonçalves
Presidente da Água Viva, Associação Guarujá Viva