No último domingo (13), dezenas de manifestantes se reuniram em frente à Estação Cidadania, na Avenida Ana Costa, em Santos, para protestar contra o Projeto de Lei 2.159/2021, apelidado por ambientalistas e movimentos sociais de “PL da Devastação”. O ato, que faz parte de uma mobilização nacional, teve a participação de representantes de organizações como o MST, lideranças indígenas, ambientalistas, advogados e ex-conselheiros de meio ambiente da região.
Entre os presentes, estiveram o cacique Sérgio Popuguá, Ibraim Tauil e a advogada Gabriela Ortega, que alertaram para os riscos do projeto. Para os manifestantes, a proposta ameaça o licenciamento ambiental ao permitir o autolicenciamento de empreendimentos, o que poderia abrir caminho para o desmatamento de áreas protegidas, como a Mata Atlântica, sem a devida análise técnica e social. Outro ponto criticado é a possibilidade de expansão do uso de agrotóxicos e o favorecimento de grandes empreendimentos econômicos, em prejuízo de comunidades tradicionais, pescadores, caiçaras, indígenas e da população que depende dos recursos naturais.
Com faixas, cartazes e falas em defesa da natureza, o grupo ressaltou que o desenvolvimento econômico não pode avançar às custas da destruição ambiental e da retirada de direitos das populações que vivem diretamente da terra, da pesca e dos ecossistemas costeiros. Os manifestantes exigem que deputados e senadores rejeitem o projeto e defendem um modelo de desenvolvimento sustentável, baseado em licenciamento rigoroso, participação social e respeito aos princípios constitucionais de proteção ao meio ambiente.
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