Marina Silva alerta para “desmonte ambiental” após avanço de projeto impulsionado por Alcolumbre

A Folha de S.Paulo publicou no dia 8 de maio de 2025 uma matéria revelando mais um capítulo da tensão entre o Congresso e o Ministério do Meio Ambiente. A reportagem traz declarações contundentes da ministra Marina Silva, que classificou como “grande retrocesso” o avanço do projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental no Brasil.

Segundo a Folha, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), estaria articulando a aprovação da proposta como forma de pressionar Marina e tentar viabilizar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, região estratégica para seu estado, o Amapá. O texto, travado até então, voltou a avançar no Senado com apoio da bancada ruralista.

Marina reagiu publicamente à movimentação:

“Esses retrocessos vieram da Câmara dos Deputados e permaneceram no relatório apresentado. Estamos fazendo uma discussão interna no governo para possível reversão”, afirmou.

Apesar da pressão, o Palácio do Planalto tem se mantido omisso, deixando a ministra isolada em sua resistência à proposta, que já foi apelidada por ambientalistas de parte do “pacote da destruição”. A própria Petrobras busca autorização para explorar petróleo na região, o que intensifica o embate político-ambiental.

A proposta não afeta diretamente o licenciamento da Foz do Amazonas, mas fortalece a pressão para que o governo libere a atividade, mesmo com os alertas de riscos ambientais.

“Se aprovada com conteúdo próximo ao da Câmara, será a maior derrota ambiental das últimas quatro décadas”, afirmou Suely Araújo, ex-presidente do Ibama.

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