A luta pela preservação ambiental tem sido uma constante para a Associação Guarujá Viva (Água Viva), presidida pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves. Recentemente, a entidade se manifestou diante das irregularidades que ocorrem no Canal de Bertioga, onde proprietários de mansões e empreendimentos de luxo vêm tratando a área pública como se fosse uma extensão de seus terrenos privados. Em resposta a essa situação, José Manoel propôs a criação de uma unidade de conservação ambiental, medida que visa proteger o ecossistema local e impedir que intervenções privadas continuem degradando a região.
A gravidade da ocupação irregular no Canal de Bertioga
O Canal de Bertioga é um dos principais corredores ecológicos do litoral paulista, abrigando uma rica biodiversidade e servindo de conexão entre o Oceano Atlântico e o estuário de Santos. No entanto, ao longo dos anos, a especulação imobiliária e a ocupação irregular avançaram sobre essa área, resultando em construções ilegais, desmatamento de manguezais e até privatização indevida de trechos do canal.
Proprietários de mansões às margens do canal foram denunciados por ampliarem suas propriedades sobre áreas públicas, construindo decks, píeres e até mesmo estruturas de contenção que comprometem o fluxo natural das águas e prejudicam a fauna marinha. Essas ações não apenas ferem a legislação ambiental, mas também limitam o acesso da população à orla e agravam problemas como erosão e assoreamento do canal.
A proposta da Água Viva e a atuação de José Manoel Ferreira Gonçalves
Diante desse cenário preocupante, José Manoel Ferreira Gonçalves e a Água Viva têm defendido a criação de uma unidade de conservação ambiental na área. O objetivo principal é garantir que o canal seja tratado como um patrimônio público e ecológico, coibindo novas invasões e recuperando os danos já causados ao meio ambiente.
A proposta sugere que o Canal de Bertioga seja incluído em um regime especial de proteção, onde atividades predatórias sejam fiscalizadas e onde seja possível implementar medidas de reflorestamento e recuperação das áreas degradadas. Além disso, José Manoel defende a atuação rigorosa dos órgãos ambientais e a responsabilização dos infratores, para que não haja a continuidade da apropriação indevida do espaço.
A iniciativa segue o compromisso da Água Viva com a defesa dos recursos naturais e do direito da sociedade de usufruir dos bens comuns. A luta de José Manoel não se restringe apenas ao Canal de Bertioga – ele tem se destacado em diversas frentes ambientais, combatendo ações que colocam em risco a qualidade de vida da população e a preservação da natureza.
Um passo essencial para o futuro sustentável do litoral
A criação da unidade de conservação ambiental no Canal de Bertioga não é apenas uma questão de proteção ambiental, mas também de justiça social. A degradação do canal impacta diretamente a pesca artesanal, o turismo sustentável e o equilíbrio ecológico da região.
José Manoel e a Água Viva reforçam que, sem ações concretas e fiscalização rigorosa, o Canal de Bertioga poderá sofrer impactos irreversíveis, comprometendo seu papel fundamental no equilíbrio ambiental do litoral paulista. O momento exige que a sociedade se mobilize, cobrando das autoridades a preservação desse importante ecossistema e garantindo que o espaço continue acessível a todos, e não apenas a uma elite que o trata como quintal particular.