Um estudo realizado pela Universidade Federal do ABC, em Santo André, descobriu como remover os resíduos e, assim, proteger os ecossistemas e seres humanos
Para testar, colocaram uma espécie de microalga em um local adequado para a realização de fotossíntese. Depois, misturaram antibióticos comumente encontrados em efluentes e corpos d’água do Brasil. Dessa forma, notaram que o organismo foi responsável pela remoção de 27% a 42% dos medicamentos. Agora, a equipe de estudiosos, segundo o portal da Agência FAPESP, estudarão como seria o comportamento da microalga em condições naturais.
Qual a importância da descoberta?
Primeiramente, para entender tamanha importância da pesquisa, é necessário ressaltar que humanos e animais não metabolizam os antibióticos completamente. Dessa maneira, o restante fica nas fezes e urina e, por isso, chega às estações de tratamento de esgoto. As estações convencionais, por sua vez, não são capazes de remover esta porcentagem que fica, então o meio ambiente pode acabar contaminado e gerando riscos para a saúde humana. “Nesse contexto, a biorremediação baseada em microalgas surgiu como uma abordagem promissora associada ao tratamento terciário de esgoto e águas residuais industriais”, destaca o autor correspondente do artigo, Marcelo Chuei Matsudo.