Ou acabamos com a a virose ou a virose acaba conosco!
Neste próximo sábado, 18 de janeiro, às 15h, a Água Viva – Associação Guarujá Viva – e a CMAG – Confederação Municipal das Associações de Moradores de Guarujá –, com a participação de diversas entidades da sociedade civil de Guarujá, entre elas a AMAAG – Associação dos Moradores e Amigos das Astúrias e Galhetas –, estão organizando um protesto contra os problemas causados pela poluição das praias e suas consequências para a saúde pública da população em geral, incluindo moradores e turistas. A manifestação acontecerá em frente à sede da Sabesp, na Avenida Leomil, 1055, Barra Funda, Guarujá/SP.
De acordo com o Eng. José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Água Viva, o protesto é um gesto pacífico pelo qual a sociedade civil busca exigir mais investimentos por parte do Governo do Estado e da recentemente privatizada Sabesp.
“É preciso dar um basta à irresponsabilidade que resultou na transmissão de doenças de contato hídrico, causando prejuízos ao comércio e à rede hoteleira”, destacou o presidente.
Além disso, a Associação Guarujá Viva propõe a imediata revisão ou até mesmo a rescisão do contrato assinado entre a Prefeitura e a Sabesp, com base nas seguintes razões:
- Insuficiência de Investimentos em Infraestrutura
A Sabesp não cumpriu compromissos cruciais para a segurança hídrica do município. O abandono, em março de 2023, do projeto de construção de um reservatório de grande porte na Cava da Pedreira evidencia a vulnerabilidade do Guarujá frente às demandas crescentes de abastecimento. - Intermitência no Fornecimento de Água
Diversas regiões, notadamente no Distrito de Vicente de Carvalho, têm enfrentado interrupções frequentes no fornecimento de água potável, afetando o cotidiano da população e comprometendo atividades essenciais. - Deficiências no Sistema de Esgotamento Sanitário
Relatos de vazamentos de esgoto indicam possível contaminação das praias, com prejuízos à balneabilidade e riscos à saúde pública. Ainda que a Sabesp negue falhas em sua rede, há indícios sólidos de despejos clandestinos e infraestrutura inadequada. - Surto de Doenças de Veiculação Hídrica
Recentemente, o município enfrentou um surto de gastroenterocolite aguda, com impacto significativo em residentes e turistas. Embora a Sabesp não tenha confirmado relação entre suas operações e o evento, a hipótese de contaminação das águas permanece plausível. - Consequências para a Economia e Imagem Municipal
A contaminação das praias e a intermitência no fornecimento de água prejudicam o turismo — principal motor da economia local —, resultando em perdas financeiras expressivas para empreendedores e prestadores de serviços. - Ausência de Transparência e Efetividade
A Sabesp não apresentou soluções satisfatórias para mitigar as deficiências nos serviços de abastecimento e saneamento, revelando uma postura pouco responsiva às demandas da comunidade. - Mobilização da Sociedade Civil
Entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) — subseção Guarujá — têm acionado o Ministério Público para intervir em razão da baixa qualidade dos serviços prestados, evidenciando ampla insatisfação popular.
As associações também estão cobrando a responsabilização dos entes públicos que se omitiram ao longo dos anos, acumulando um passivo com resultados alarmantes para a saúde pública e a economia local.
Informações para contato:
Água Viva – Associação Guarujá Viva
E-mail: contato@guaruja.org.br
Telefone: (13) 97801-6446 / (11) 96371-2077
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Folha de S. Paulo, impressa