Guarujá, 17 de março de 2025 – A AGUAVIVA – Associação Guarujá Viva, entidade sem fins lucrativos que representa a sociedade civil de Guarujá e da Baixada Santista, tomou a iniciativa de solicitar uma reunião com as autoridades de saúde pública do Estado de São Paulo para discutir um tema de extrema preocupação: a contaminação de camarões pescados no litoral paulista com níveis elevados de poluentes prejudiciais à saúde humana.
A solicitação foi formalizada por meio do Ofício nº. 0422/2025, encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, destacando os resultados de uma recente matéria publicada no Diário do Litoral, que alerta sobre a presença de diversos contaminantes nos camarões, como ácido domóico, mercúrio, microplásticos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs). Esses poluentes, que são acumulados pelos camarões durante o processo de alimentação, representam sérios riscos à saúde da população.
Entre os principais poluentes mencionados, destacam-se:
- Ácido Domóico: Uma neurotoxina proveniente de certas espécies de algas, que pode causar envenenamento amnésico e danos cerebrais permanentes.
- Mercúrio: Metal pesado tóxico ao sistema nervoso central, que afeta principalmente mulheres grávidas, mães que amamentam e crianças pequenas, prejudicando o desenvolvimento neurológico.
- Microplásticos: Pequenas partículas de plástico ingeridas pelos camarões, que podem transferir substâncias químicas nocivas para os seres humanos, além de causar danos aos animais marinhos.
- Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAPs): Compostos orgânicos presentes na poluição ambiental, que podem ter efeitos carcinogênicos.
De acordo com José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da AGUAVIVA, “é fundamental que sejam implementadas medidas rigorosas de monitoramento e controle sobre a qualidade dos produtos pesqueiros, além de ações de conscientização sobre os riscos associados ao consumo desses frutos do mar contaminados”.
A associação também enfatiza a importância de uma abordagem coordenada, com o envolvimento das autoridades de saúde pública, para garantir a segurança alimentar da população e proteger a saúde pública. A reunião solicitada visa discutir as estratégias necessárias para enfrentar esse problema, como o fortalecimento das políticas de preservação ambiental e a educação da população sobre os riscos da ingestão desses poluentes.
A AGUAVIVA espera que, com o apoio das autoridades estaduais, seja possível implementar ações que minimizem os impactos da contaminação dos frutos do mar, promovendo a saúde pública e a conscientização ambiental na região da Baixada Santista.
Acompanhe e seja um de nossos voluntários!