Alerta foi feito pelo presidente da ÁguaViva, José Manoel Ferreira Gonçalves, em maio de 2024
Depois de 17 meses, a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que o túnel Santos-Guarujá, no traçado atual, pode limitar futuras ampliações da pista do Aeroporto de Guarujá, dificultando a operação de aeronaves maiores e exigindo ajustes no projeto para evitar impactos negativos.
A Associação ÁguaViva havia alertado sobre os riscos em maio de 2024, quando o engenheiro e advogado José Manoel Ferreira Gonçalves publicou o artigo “Mais Aeroportos Regionais no Brasil”, enviado formalmente às nove subseções da OAB do Litoral Sul, reforçando a necessidade de acompanhamento técnico e fiscalização cidadã das obras.
Pontos destacados pela FAB:
- Conflito de traçado: o túnel interfere na área de aproximação de uma das cabeceiras da pista.
- Restrição à expansão: a pista poderia ser ampliada em até 200 metros, mas o traçado atual impede essa extensão.
- Impacto futuro: caso seja necessário recuar a cabeceira da pista, algumas aeronaves podem deixar de operar no aeroporto.
O alerta foi reforçado em audiência pública na Câmara dos Deputados pelo brigadeiro Steven Meier, subdiretor de engenharia da Aeronáutica, que destacou:
“Não chega a inviabilizar a operação, mas, se houver a necessidade de recuar a cabeceira, algumas aeronaves deixariam de operar. É estratégico pensar nisso desde a elaboração do projeto para que o túnel não gere impacto no aeroporto.”
O brigadeiro também apresentou alternativas de ajuste do traçado sem custo adicional, garantindo a integração do projeto do túnel com a expansão do aeroporto e novos acessos portuários.
A visão da ÁguaViva
José Manoel Ferreira Gonçalves reforçou a importância de:
- Planejamento estratégico e localização: escolher locais considerando riscos geográficos e climáticos.
- Infraestrutura flexível e adaptável: projetar aeroportos que permitam expansões futuras.
- Coordenação e políticas públicas: alinhar investimentos e obras para não comprometer o desenvolvimento regional.
“Projetos de infraestrutura de grande porte devem sempre considerar a possibilidade de expansões futuras de aeroportos e o impacto sobre a operação segura das aeronaves. Ignorar isso hoje pode comprometer o desenvolvimento regional amanhã.”
O alerta da ÁguaViva mostra a necessidade de planejamento integrado, fiscalização técnica e participação da sociedade civil, garantindo que obras estratégicas, como o túnel Santos-Guarujá, não restrinjam o potencial de crescimento do aeroporto.
O presidente da Água Viva, engenheiro e advogado José Manoel Ferreira Gonçalves, em seu artigo “Mais Aeroportos Regionais no Brasil”, havia alertado as nove subseções da Ordem dos Advogados do Brasil da Baixada Santista, reforçando a necessidade de acompanhamento técnico e fiscalização cidadã das obras.
“Projetos de infraestrutura de grande porte devem sempre considerar a possibilidade de expansões futuras de aeroportos e o impacto sobre a operação segura das aeronaves. Ignorar isso hoje pode comprometer o desenvolvimento regional amanhã”, afirmou José Manoel Ferreira Gonçalves.
O engenheiro destacava a importância do planejamento estratégico e localização: escolher locais que considerem riscos geográficos e climáticos; Infraestrutura flexível e adaptável: projetar aeroportos que permitam expansões e modificações futuras e Coordenação e políticas públicas: alinhar investimentos e obras para não comprometer o desenvolvimento futuro de aeroportos.
O alerta reforça a necessidade de planejamento integrado, fiscalização técnica e participação da sociedade civil em projetos de infraestrutura aeroportuária, garantindo que obras estratégicas como o túnel Santos-Guarujá não restrinjam o potencial de crescimento do Aeroporto de Guarujá.
Linha do tempo – Acompanhamento da ÁguaViva








Aeroporto de Guarujá: obras e fases
O futuro aeroporto está sendo implantado na Base Aérea de Santos, em Vicente de Carvalho (Guarujá), com previsão de operação em 2026. As obras estão divididas em três fases:
- Primeira fase (concluída no 1º semestre de 2025):
- Intervenções nas pistas de pouso e decolagem, táxi A, B e C;
- Sistema de drenagem, cercas operacionais e barreiras de proteção da fauna;
- Investimento: R$ 24,1 milhões.
- Segunda fase (conclusão prevista para final de 2025):
- Implantação do terminal de passageiros modular (21 peças, 302 m², capacidade para 24 passageiros);
- Áreas de circulação interna e externa, salas de embarque e desembarque, saguão, banheiros e balcões de check-in;
- Investimento: R$ 2,7 milhões.
- Terceira fase (início em agosto de 2025, entrega prevista início de 2026):
- Reestruturação das vias de acesso (aprox. 3 km), com instalação de novas pavimentações;
- Investimento: R$ 7 milhões.
Após o término das obras, o aeroporto passará por processo de homologação, tornando-se apto a receber voos comerciais.